sexta-feira, 24 de julho de 2009

Minha Infância

Olá pessoal!
Sou o Pepito, para os íntimos Pito.
Estou muito contente, pois hoje é a minha vez de escrever no Blog!
Tenho várias idéias para este espaço, aos poucos vou colocando todas em forma de palavras, já que não posso falar aqui a linguagem do "miau", rsrs.
Agora está chovendo e faz muito frio. Minha mãe está trabalhando e estou aprontando todas pela casa, junto com o Tchuco e a Iunah. Por um instante lembrei da minha infância e pensei em todos os irmãozinhos que estão perdidos pelo mundo, passando fome, sendo maltratados, sem carinho, amor e ainda por cima sem saber o porquê passam por tudo isso, já que somos inofensivos e estamos prontos para oferecer o nosso melhor, mas de vez em quando nos defendemos, porque temos medo.
O ser humano é curioso. Já escutei muita gente dizer que não gosta de gato, mas também já ouvi minha mãe perguntar: você já conviveu com um gato antes de chegar a esta conclusão? E a pessoa sempre responde: não.
Todos os animais são importantes, somos vida e temos que ser amados e respeitados.
Já reparei que os humanos também fazem distinções entre eles mesmos, já ouvi alguém dizer, não gosto daquele porque usa tal roupa, não gosto desse porque é loiro, japonês, branco, negro, cearense, carioca, paulista, não gosto dessa porque é bonita, porque é feia, porque existe...
Preconceito...
Classificar pessoas pela aparência, gestos, dinheiro... Desprezar animais por raça, valor (sou contra o comércio de animais, mas isso é assunto para outro dia...), cor...
Deixar de reconhecer o conteúdo e fixar-se na ilusão da embalagem.
Às vezes fico pensando que é somente falta de consciência mesmo, já percebi que nem todos os humanos conhecem a si próprios, como podem conhecer os animais? Se estão presos a preconceitos, conceitos formados sem a riqueza da experiência, muitas vezes cegos pelo ego, vaidade, busca de poder, status e outras ilusões que não trazem felicidade, mas sim uma satisfação vazia, temporária e facilmente confundida com felicidade.
Felicidade...
É o que traduz o vídeo que coloquei aqui hoje.
Felicidade é o que vivo.
Fui resgatado das ruas, minha mãe me ensinou a comer, me deu um lar e não apenas uma casa.
O dinheiro, eu já aprendi que é bom, mas não traduz felicidade, já vi que ele pode comprar minha ração e a pílula contra pulgas, mas não pode comprar minha saúde ou o brilho no olhar da minha mãe quando me vê saudável comendo a ração que ela me deu com tanto carinho.
Felicidade é o meu dia-a-dia.
Brinco, pulo, afio as unhas no meu arranhador, provoco meus irmãos para correrem comigo, brincamos de esconde-esconde, uso minha areia limpinha, tenho ração deliciosa, caminha quente e colo carinhoso quando eu quiser.
Os humanos têm muito mais, eles saem nas ruas (às vezes é perigoso para eles também, já que inexplicavemente eles se atacam de vez em quando), trabalham, estudam, namoram, têm um mundo inteiro à sua disposição, voam em um passarinho gigante que chama avião, podem comprar carro (eu não gosto porque serve para me levar no veterinário), podem comer frutas à vontade (adoro banana!), enfim, eles possuem o segredo da felicidade no lugar mais bonito que possuem: o coração. Mas, quantos humanos conseguem ouvir o próprio coração? Geralmente tenho percebido que eles escutam mais o que vem de fora, tentam agradar todo mundo, esquecendo de agradar a si próprios.
Muitos humanos não gostam da gente, porque com a nossa turma a história é diferente. Entre eles fazem umas coisas estranhas, quando gostam não falam, não demonstram e ainda fogem! Com a gente não, é inevitável, você se torna puro amor, porque tiramos o melhor de vocês e muita gente não sabe lidar com isso. Mesmo quando somos maltratados, sabemos perdoar, agradamos e somo felizes assim mesmo. Vocês não, envenenam o próprio coração, aos poucos perdem a magia e o encantamento da vida, ficam até doentes, perdendo a essência de si mesmos.
É maravilhoso a graça de sentir o calor do sol, o mistério da luz da lua, curtir a sombra de uma árvore, olhar nuvens, sentir o vento... quantas coisas boas a Mãe Natureza nos deixou...
Por isso andei relembrando minha infância que foi muito feliz e hoje sou um gato adulto, saudável, divertido, que aprendeu o que é felicidade, saber viver, curtir a caminhada, aprender com momentos ruins (no meu caso, tomar vacina), nunca deixar de ser criança, ter leveza, alegria e valorizar cada momento da existência, pois a vida é um milagre!
Pensem bem, abram seus corações e ADOTEM, mas cuidem bem de nós, pois somos VIDA e não brinquedos.
Minha mãe ontem leu uma frase para mim e ela me garantiu que esse cara sabia muito bem o que dizia:
“As almas despóticas não toleram gatos porque o gato é livre e não aceita ser escravo”.

(Rousseau)
Gostamos de liberdade como todo mundo que possui vida!
Nascemos para curtir a existência juntos, evoluirmos e sermos felizes com amor, alegria e humildade!
Olhe para dentro, descubra-se.
Olha para fora, respeite, ame, vença o preconceito e seja feliz!

Um comentário:

Isa Bogart disse...

conheço bem os anjos de bigode, além de terem uma mamaezinha maravilhosa, são únicos...sou suspeita por conheço a história bem de pertinho de todos...Parabéns pelo blog e pela iniciativa!!!
Beijos a Golden Memu, Tchuqueronça e Pucunaré
Quero ver uma reportagem sobre minha gatinha Bizildinha Dennis